Evolução da vida na Terra
Período Pré-Câmbrico
O que é o tempo Pré-câmbrico? É o intervalo de tempo geológico compreendido entre o aparecimento da Terra, cerca de 4,5 biliões de anos até à 540 milhões de anos atrás. Foi neste intervalo de tempo que aconteceram alguns dos eventos mais importantes da Terra como o início do movimento das placas tectónicas, o início da vida na Terra, o aparecimento das primeiras células eucarióticas, a formação da atmosfera e o aparecimento dos primeiros animais e vegetais.
Principais características
- Grande explosão que originou o universo;
- Imensa actividade vulcânica existente no nosso planeta;
- O clima era extremamente quente;
- Formação de mares, nuvens e cadeias montanhosas;
- Aparecimento do dióxido de carbono (CO2);
- Formação de moléculas;
O período Pré-câmbrico divide-se em:
- Éons - é a maior subdivisão de tempo na escala de tempo geológico.
- Eras - é a divisão de um éon na escala de tempo geológico.
Tabela cronoestratigráfica.
Divisão do período Pré-Câmbrico
Hadeano
- 4600 M.a: inicio do processo de formação
dos planetas e do Sistema Solar (planeta
terra);
- 3650 M.a: existência de temperaturas e
pressões adequadas a formação de água
na terra;
- 3800 M.a: surgiu as primeira rochas
dando origem a um novo eon (arcaico)
Arcaico
- 3500 M.a: primeiros vestígios de vida
(estromatólitos);
- 3100 M.a: primeiros microrganismos
(bactérias e cianobactérias);
- 3100 – 2500 M.a: primeiros seres
fotossintéticos;
- 2500 M.a: instalação do Grande Filão do
Zimbabwe;
Proterozóico
- 2000 M.a: aparecimento dos organismos
eucarióticos;
- 1800 M.a: oxigénio livre na atmosfera;
- 1400 M.a: primeiros depósitos de carvão;
- 1000 M.a: aparecimento da reprodução
sexuada;
- 542 M.a: primeiros metazoários com
esqueleto externo.
Atmosfera
A atmosfera terrestre neste período de
tempo tinha uma composição muito
diferente da actual: o azoto passou a
constituir mais de 60% da mesma e o
hidrogénio acabou praticamente por
desaparecer. Os outros constituintes da atmosfera
eram: metano, amoníaco, e de outros
gases que seriam tóxicos para a
existência de vida na terra.
Foi neste período de tempo que se
formou a atmosfera primitiva, ao
passar do tempo existiu um aumento
de quantidade de oxigénio.
No inicio deste período, a hidrosfera
era pouco complexa. Os oceanos formaram-se a partir da
enormes quantidades de vapor de
água que foram libertadas pelos
vulcões. Após alguns milhões de anos mais
tarde, assim que a temperatura da
superfície da Terra baixou, ocorreu a
condensação deste vapor originando
as primeiras chuvas que ao cair
sobre a superfície terrestre
originaram os oceanos.
Seres Vivos
Segundo a teoria de um biólogo russo (Oparin) os primeiros
seres vivos a habitar o nosso planeta Terra foram: NA ÁGUA:
Seres unicelulares (constituídos por um só célula); Procariontes (são organismos unicelulares que não
apresentam seu material genético delimitado por uma
membrana); Heterotróficos (alimentar-se-iam da matéria orgânica
existente na sopa primitiva); Anaeróbios (não que precisam de oxigénio para viver);
NA TERRA: Não existem fosseis, logo a existência de seres vivos à
superfície terrestre é muito escassa neste período de tempo;
Teoria da Deriva dos Continentes
Pouco tempo depois de ter começado o
período Proterozóico, apareceu a tectónica
de placas, que resultou num aumento de
colisões tornando vários blocos
continentais em protocontinentais. Neste
momento, os ciclos de formação do super
continente característico desta fase se
tornou inevitável. Primeiro, a mover os continentes ao redor
de uma superfície esférica são obrigados a
colidir uns com os outros . Além disso, os
super continentes são instáveis, porque,
através da cobertura de grandes áreas do
manto, que previnem a sua refrigeração
estes causam a separação do super
continente e a desintegração dos
fragmentos.
Razão de Incertezas quanto ao período:
O tempo pré-câmbrico não é muito
conhecido pelos cientistas devido a
alguns motivos:
- Impossibilidade de datação
absoluta;
- Falta de fosseis;
- Intenso metamorfismo nas rochas;
- Reciclagem da maior parte da crosta
pré-cambrica.
Curiosidades
Fragmentos de continente antigo podem estar sob Oceano Índico
Atualizado em 25 de fevereiro, 2013 - 09:08 (Brasília) 12:08 GMT
Cientistas acreditam ter
encontrado sinais de que fragmentos de um continente antigo estão
soterrados abaixo do solo do Oceano Índico.
Os pesquisadores dizem que o fragmento é de um continente que teria existido de entre 2 bilhões e 85 milhões de anos atrás.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Geoscience.
Teorias
Há até 750 milhões de anos, toda a massa terrestre do Planeta estava concentrada em um continente gigante, chamado de Rodínia pelos cientistas.Países que hoje estão a milhares de quilômetros de distância – como Índia e Madagascar – ficavam lado a lado.
A nova pesquisa sugere que havia um "microcontinente" entre Índia e Madagascar. Os cientistas pesquisaram grãos de areia de Maurício, um país localizado no Oceano Índico.
Os grãos se originaram em uma erupção vulcânica que ocorreu há nove milhões de ano. Mas apesar disso, eles contém minerais que são de um período ainda mais antigo.
O zircão é datado de entre 1970 e 600 milhões de anos atrás, e a equipe concluiu que os restos da terra antiga foram levados para a superfície da ilha durante uma erupção vulcânica.
O professor disse acreditar que pedaços do continente poderiam estar 10 quilômetros abaixo de Maurício e sob o solo do Oceano Índico.
A existência do continente teria atravessado diferentes éons da Terra – desde o Pré-Cambriano, quando não havia vida na terra, ao período em que surgiram os dinossauros.
Mas há 85 milhões de anos, quando a Índia começou a se separar de Madagascar em direção à sua posição atual, o microcontinente teria se desfragmentado – e eventualmente desaparecido sob as ondas.
No entanto, uma parte pequena do microcontinente pode ter sobrevivido, especulam os pesquisadores.
"No momento, as (ilhas) Seicheles são um pedaço de granito, ou crosta continental, que está praticamente assentada no meio do Oceano Índico", diz Torsvik.
"Mas houve uma época em que ficavam logo ao norte de Madagascar. E o que estamos dizendo é que talvez isso fosse muito maior, e que esses fragmentos continentais estão espalhados pelo oceano."
Essas teorias ainda precisam ser confirmadas com mais pesquisa.
"Nós precisamos de dados sísmicos que possam formar uma imagem desta estrutura... isso seria a prova definitiva. Ou é preciso perfurar profundamente, mas isso custaria muito dinheiro", diz Torsvik.