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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Isostasia

Ajustamento isostático

Desde os finais do século XIX, foram muito os geólogos que começaram a recolher evidências de que as linhas de costa numa determinada zona costeira tinham mudado ao longo do tempo geológico em diversas zonas do Globo. 

Surgiram diversas hipóteses: essas alterações do nível médio das águas do mar ocorriam caso houvesse modificações ao nível do volume da água do oceano entre outras. 

Denomina-se teoria da isostasia, às hipóteses que procuram interpretar as compensações que ocorrem em profundidade dos relevos superficiais em função do seu peso (densidade).

Segundo o princípio de Arquimedes, um determinado bloco for suportado por materiais mais plásticos e mais densos que ele, estes blocos devem flutuar nesse substrato. Sendo a astenosfera uma camada constituída por material com um comportamento plástico, a litosfera, menos densa, está em equilíbrio sobre esta zona do manto superior, ou seja, o equilíbrio é conseguido através de um ajustamento do tipo isostático com movimentos verticais de ascensão e descida dos diferentes materiais. Logo, se a litosfera se encontra-se um equilíbrio isostático com a astenosfera, tal significa que em qualquer zona da litosfera deve ter igual peso.
Os mecanismos de conservação do equilíbrio designados por ajustamentos isostáticos foram defendidos por John Pratt e George Airy. A hipótese de Airy justifica as diferenças de profundidade da raiz do relevo na crosta continental ou da crosta oceânica. A hipótese de Pratt justifica as diferentes elevações da crosta continental e da crosta oceânica relativa a um nível de compensação isostático.



Através de fenómenos como o gelo e a erosão originam anomalias isostáticas negativas, enquanto processos como a sedimentação e as glaciações originam anomalias isostáticas positivas.

Contudo, é frequente encontrar em alguns pontos da superfície terrestre anomalias isostáticas,ou seja, verifica-se uma diferença entre o valor do peso medido (real) e o valor calculado (teórico) para esse local após as devidas correcções. Dizer que num dado local existe uma anomalia isostáica negativa, significa que na vertical da estação de medida existe um défice de massa, ou seja, um excesso de rocha de baixa densidade. Se, pelo contrário, se determina a existência de uma anomalia isostática positiva, significa que na vertical da estação onde foi efectuada a medição existe um excesso de materiais de elevada densidade.


Um situação em particular é da Escandinávia que resulta do facto de no último milhão de anos esta zona estar coberta por uma “calote” glaciária, o que obrigaria a um equilíbrio isostático de acordo com essas condições. No período pós glaciário, com a fusão dessas massas de gelo que cobriam a Escandinávia, as raízes do bloco escandinavo tornaram – se demasiado profundas para um baixo – relevo superficial, tal situação conduziu a um equilíbrio que hoje se encontra quase concluído.

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